O dia 8 de julho de 2015 marcará uma importante transição: o suporte geral do Microsoft SQL Server 2008 R2 será descontinuado. Permanecerá para essa versão apenas o suporte estendido. Já o SQL Server 2008, em suporte estendido desde julho de 2014, terá o serviço finalizado em 12 de abril de 2016, assim como o SQL Server 2005.
Somadas à descontinuidade de suporte, as novas tendências e tecnologias – como nuvem, in-memory database, alta disponibilidade, entre outras – tornam a migração dos servidores SQL Server para as versões 2012 e 2014 cada vez mais frequente e significativa.
Há diferentes formas de realizar o processo, mas é imprescindível traçar uma estratégia precisa para o sucesso da migração de ambientes SQL Server. O plano decorre de uma primeira etapa, comum a todos os processos similares, que contemple as seguintes atividades:
- análise do ambiente;
- criação do plano de migração dos servidores;
- criação do plano para soluções de dados.
As ações relacionadas à análise das bases de dados, procedures, views, roles, usuários, acessos e das conexões com outros servidores e bases de informações, devem ser rigorosamente mapeadas. É decisivo evidenciar quais os impactos na troca ou atualização dos servidores, dependências de serviços, definição da matriz de relacionamento dos processos, assim como o mapeamento dos pontos de atenção e análise de riscos.
A migração pode contemplar diferentes ambientes:
- Atualização de servidores (in-place)
- Instalação/configuração de novos servidores (side-by-side)
- Migração de bases de dados
- Pacotes ETL
- Jobs
- Reports
- Modelos analíticos
Recomendação: executar a ferramenta Upgrade Advisor é um recurso opcional, porém altamente recomendado por fornecer informações relevantes para definir a estratégia e planejar o processo. Será com base nesse planejamento que se dará a execução.
Antes do roll-out para os demais ambientes e servidores, é importante que todos os planos de testes sejam executados e seus respectivos resultados registrados. Se resultar necessário, tratar a totalidade das ocorrências advertidas.
Outro ponto importante. As equipes funcional e técnica envolvidas no projeto devem dispor de conhecimento absoluto e ter suas responsabilidades bem definidas.
Finalmente, um dos componentes que com frequência não é olhado apropriadamente é o ambiente de aplicações − o teste destas com o novo ambiente deve ser realizado para quaisquer incompatibilidades a serem endereçadas antes da migração final.
Não basta executar, é fundamental estabilizar e documentar.
Após a execução do roll-out, a conclusão do processo de migração se dará através da etapa de estabilização. Esse é o momento para:
- acompanhar a rotina de trabalho;
- monitorar resultados e performance;
- agir pontualmente em pequenos ajustes e correções.
É também a fase de atualizar e/ou gerar a documentação de todo o processo realizado, em cada etapa, resultando no histórico da migração. Este documento será o referencial de consulta para apoiar na administração do ambiente e no planejamento de futuras implantações.